LGBTs ainda são estereotipados em séries americanas, revela estudo

image

Estudo anual divulgado pela organização não-governamental norte-americana Glaad (Aliança Gay e Lésbica contra a difamação, em livre tradução), revelou dados sobre a representatividade LGBT na TV nos Estados Unidos. Este é o 20º relatório que o órgão lança sobre a questão.

A pesquisa mostra que gays, lésbicas e transgêneros estão representados em 4% dos personagens em séries, mesmo número deste grupo em relação à população do país. Porém, os papéis são carregados de estereótipos. “Nós estamos presenciando um tremendo progresso, mas há ainda muito a ser feito. Não basta apenas incluir personagens LGBT nas atrações. Os roteiristas precisam rejeitar qualquer negatividade e evitar estereótipos ultrapassados”, disse Sarah Kate Ellis, presidente da Glaad.

A ONG avaliou produções da TV aberta e paga, além de plataformas online como o Hulu, inseridas no estudo pela primeira vez. O resultado totalizou 207 personagens LGBT’s nas tramas, sendo 162 protagonistas.

Como destaque, o material aponta “Empire”, exibida pela Fox, considerado um dos programas mais inclusivos sobre o tema. Jamal, papel interpretado por Jussie Smollet, assim como na ficção é homossexual assumido. Na trama, o herdeiro de uma gravadora sofre discriminação pelo pai, que não aceita a sua condição. Um dos maiores traumas do músico é o fato de ter sido jogado numa lata de lixo após ser flagrado com roupas femininas pelo familiar.

A Glaad ainda ressaltou a importância de relatar temas polêmicos nos enredos como acontece em “How To Get Away With Murder”, em que um casal homoafetivo vive um drama após um deles descobrir que é HIV positivo. “Esperamos que os roteiristas, produtores e criadores de séries compartilhem, com imparcialidade e precisão, mais histórias de pessoas com HIV positivo”, enfatizou o texto.